COTIJUBA E CARIPI - PA
- navegueaqui
- 12 de mai. de 2014
- 3 min de leitura
Em Belém pegamos o barco que vai em direção a Barcarena na Praça do Pescador, no mercado Ver-o-peso. Passamos por Barcarena e descemos na segunda parada do barco, em são Francisco. Desembarcamos no rústico porto de São Francisco e pegamos um micro-ônibus para as praias. Nossa primeira praia foi a de Caripi, onde a imensidão do Rio nos faz esquecer que estamos em águas doces. A praia é bonita mesmo e tem bastante estrutura para os turistas, há diversas barracas de praia, restaurantes, todos tocando música brega eletrônica no último volume. Em qualquer lugar que você for no Pará haverá alguém ouvindo música alta, até na praia mais isolada! Aproveitamos a praia por algumas horas e na volta passamos por uma barraquinha de tacacá, resolvemos experimentar! A viagem ao Pará pode ser facilmente descrita como uma viagem gastronômica, pois a mistura de sabores, exóticos para nós, foi bastante marcante.
O Tacacá, uma comida de origem indígena, é um caldo amarelado chamado de tucupi, goma de mandioca, camarão seco e folhas de jambú e sempre é servido numa cuia. É um prato bem tradicional no Pará, é comum ver pessoas nas praças e restaurantes tomando seu tacacá e comendo vatapá. Quando a tacacazeira trouxe meu tacacá bem quente, fiquei pensando: como é que se come Tacacá??? Ela me deu um palito de dente e eu fiquei olhando pra cara dela sem saber a função daquele palito. Ela então me ensinou a tomar Tacacá, o caldo é tomado na cuia mesmo e com o palito de dente você vai enrolando as folhas e o camarão. Achei bem diferente, mas foi uma experiência antropológica muito rica. Pra ser bastante sincera, não gostei do Tacacá, não vou aqui descrever o sabor, mas eu realmente não achei nada gostoso.
Pegamos um ônibus para conhecer a praia de Itupanema. A praia é bonita, mas o pouco que conhecemos não tinha uma boa faixa de areia para banhistas. Valeu a visita, mas não demoramos muito por ali, voltamos ao porto e seguimos para Belém. Na volta já estava anoitecendo e na chegada em Belém fomos recebidos pelas luzes da cidade, uma imagem maravilhosa de Belém.
O dia seguinte foi o dia de conhecer a Ilha de Cotijuba! Os barcos também saem do Ver-o-peso Praça do Pescador e do terminal de Icoaraci (distrito de Belém). Chegando em Cotijuba ocenário lembra aquelas vilas dos anos 50, a ilha é bem rústica e o transporte para as praias é feito em Charrete, bondinho movido a trator ou moto-táxis que são uma espécie de tuc-tucs indianos.
Existem diversas praias na ilha, que é banhada pela baía de marajó e é uma mais bonita que a outra, conhecemos algumas como a Praia do Farol, Praia do Amor, Praia da Saudade, Praia Funda e Flexeira. Fomos de Charrete até a Praia do Farol e passamos o dia caminhando e parando nas praias, é um passeio legal (para quem gosta de andar) onde você pode passar por várias casas de madeira, conhecer moradores da ilha e entrar em contato com a natureza. Em um trecho a maré estava cheia e não seria possível atravessar para a última praia, onde pegaríamos um transporte para voltar ao porto. Só conseguimos chegar do outro lado por conta da boa vontade de um morador, que me levou numa canoa (minúscula e furada) enquanto Murilo tentava nadar entre árvores e correntezas, foi uma aventura um pouco perigosa. Mas voltamos sãos e salvos numa moto, na verdade num Tuc-Tuc juntamente com mais 6 pessoas, novamente entramos no barco rumo a Belém.
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